Curiosidades: Por que as pipocas estouram?

Curiosidades: Por que as pipocas estouram?

Por que as pipocas estouram?

pipoca

A "explosão" de um grão de pipoca quando aquecido é o resultado da combinação de 3 características:

1. O interior do grão (endosperma) contém, além do amido, cerca de 14% de água.
2. O endosperma é um excelente condutor de calor.
3. O exterior do grão (pericarpo) apresenta grande resistência mecânica e raramente possui falhas (rachaduras).

Quando aquecido intensamente, a água no endosperma sofre vaporização, criando uma grande pressão dentro do grão. O pericarpo atua como uma panela de pressão, evitando a saída do vapor de água até que uma certa pressão limite seja atingida. Neste ponto, ocorrem duas coisas: o grão explode, com som característico (pop!) e o amido do endosperma incha abruptamente, criando aquela textura macia.

A pipoca arrebenta em matéria de fibras e não deixa o açúcar saltar para dentro do seu corpo.

 

Pi-po-ca. As sílabas dessa palavra tupi parecem estalar na boca soando exatamente como seu significado: milho que faz barulho. Faz barulho na panela, no microondas, entre os dedos que o catam afoitos e entre os dentes. Provocam zunzunzum também para não dizer poc, poc, poc nas conversas sobre nutrição. É que sempre pipocam histórias que condenam esse alimento. Ora porque é calórico, ora porque é engordurado, ora porque aceita uma verdadeira chuva de sal.

Mas justiça seja feita: aquela porção do cineminha tem cinco vezes mais fibras do que se você comesse a mesma quantidade, em gramas, de alface! A notícia, por si só, já é saborosa para quem precisa botar o intestino nos eixos. Mas o efeito digestivo só acontece se você beber alguma coisa junto. E, por favor, evite o refrigerante. Água ou suco são as melhores pedidas.

A parte mais fibrosa do milho ou pericarpo, no jargão dos especialistas também tem papel importante na explosão dos grãos. Trata-se de uma película grossa que retém o amido, diz o engenheiro agrônomo Eduardo Sawasaki, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no interior de São Paulo. A questão é que esse amido incha-se em altas temperaturas. A capa de fibras não. Ou seja, a pressão no interior do grão se torna insuportável. Resultado: poc!

Como num passe de mágica, o grão duríssimo se transforma em um floco branco e macio. Nesse novo e irresistível formato, uma substância chama a atenção dos experts em saúde: o amido resistente. Preste atenção porque a notícia, aqui, é mais quente do que pipoca recém-saída da panela: esse carboidrato duro na queda passa intacto (ou quase) pelo aparelho digestivo e assim não provoca altas repentinas nos níveis de glicose. Quem ganha com isso? Quem está no grupo de risco do diabete tipo 2, responde a nutricionista Maria Cristina Dias Paes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, em Sete Lagoas, Minas Gerais.

Cada tipo tem suas qualidades:

  • O milho da pipoca é o mais duro e com a casca mega-resistente. Dos três tipos, é o que ganha de longe em fibras.
  • O milho verde, da pamonha, é chamado assim por ser colhido antes de amadurecer. É cheio de carotenóides, que, no organismo, viram vitamina A.
  • O grão branco do milho de canjica ou munguzá, como se diz no Nordeste , passa por processamento e a casca vai embora. De todos é a melhor fonte de ferro.

CUIDADO COM A PIPOCA DOCE.

Sabe aquela pipoca levemente doce, com sabor de infância, geralmente vendida em sacos cor-de-rosa? Ela é feita industrialmente, em temperaturas elevadíssimas, com o mesmo milho da canjica das festas juninas. “Como a casca é retirada, sobra quase que só amido, pura fonte de carboidrato”, conta o engenheiro agronômo Eduardo Sawasaki. Ou seja, é um lanche energético com 383 calorias em 100 gramas.

CALORIAS DA PIPOCA

 

Alimento
Calorias*
5 xíc. de chá lotadas de pipoca
497
1 tigela cheia de flocos de aveia
390
8 unidades de ameixa preta
239
1 maçã pequena
59
1 prato raso coberto de alface
18

 

*Calorias por 100 gramas

 

 

 

 

Hummm... bateu uma vontade de comer pipoca!!!

Fonte: Revista QMC Web www.qmcweb.org

https://saude.abril.com.br/edicoes/0291/nutricao/conteudo_293496.shtml